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Um Mar de Plástico? Que futuro nos espera?
                         Problema para reflexão na sala de aula

Por que razão é preciso escolher entre planeta ou plástico? O que podemos
fazer para ajudar a “desplastificar” a Terra, a única morada da humanidade?

Assistimos, no Porto, ao National Geographic Summit Junior 2019. Foi lá que
sentimos a força desta gigantesca onda ambientalista que quer salvar o mar,
um bem essencial à vida no nosso Planeta Azul. Não é Raúl?
Sim, é tempo de ouvir a voz da Terra, um planeta de água, único no sistema
solar. É preciso «amar o mar», escreveu o Romeu no seu caderno diário,
sabendo que a extinção de milhões de espécies animais e de plantas põe em
risco a sobrevivência dos próprios humanos.
Então, será que dentro de poucos anos o mundo pode acabar? Perguntou-lhe
aflito o Elidar. Com os oceanos cheios de resíduos, cada vez com mais “ilhas”
de lixo, será que vamos ter mesmo um mar de plástico? Fico triste. O que mais
me preocupa são os animais marinhos a morrer: as tartarugas a comer sacos
de plástico, os leões-marinhos presos em redes de pesca abandonadas, as
aves marinhas a alimentar os filhotes com pedacinhos de plástico e os peixes
confundindo ovas com bolinhas de esferovite. E tu aí, sem te preocupares. E tu
aí, sem separares os resíduos. E tu aí, sem reduzires o consumo de plástico. E
tu aí, a deitares a palhinha do teu sumo para o chão da escola. E tu aí,
despreocupado com o teu futuro … vais jogar à bola!
Mas, comentou o Vasco Ramos: costumamos ir apanhar o lixo espalhado no
recreio da escola. Nós queremos ajudar o planeta. A Terra é a casa de todos
nós. E os oceanos ocupam cerca de 70% da sua área e produzem metade do
oxigénio que respiramos. Jovens ecologistas, temos de atuar, vamos assumir o
nosso compromisso, AGORA! Somos embaixadores do mar! Quando os líderes
mundiais se comportam como crianças irresponsáveis, então devem ser elas a
tornar-se líderes nesta luta por um planeta saudável.
Miguel, crê, não temos um planeta B! Pois, não se vê que seremos nós e não
eles, as vítimas de um mar onde existirá mais plástico do que peixes, em
2050?i Inventa. Sinto que posso fazer parte da solução, não quero ficar
indiferente, continuou o Vicente. Sim, vamos ajudar a preservar o ambiente,
reduzindo o consumo de plástico descartável em casa e na escola! Exclamou a
Margarida. Sim, na festa escolar de Natal, a “loiça” descartável já foi banida.
Com uma ida à praia – alunos e famílias – vamos apanhar Plasticus Marítimusii,
a nova “espécie invasora”, explicou Ana, a professora. Não vejo a hora, depois
de investigar ficámos a saber que o futuro das crianças está em jogo, advertiu
a Lara Diogo. Dá que pensar, cerca de 1 bilião de sacos de plástico são
usados, por dia, em todo o mundo, e cerca de 9 milhões de toneladas de
resíduos de plástico vão parar aos oceanos todos os anosiii, dos quais mais de
40% são descartáveisiv. Imagina lá Odete! Ela que há muito não usa cotonetes.
Aliás, nem tão pouco se devem deitar nas retretes, porque irão certamente
parar ao mar, depois de passar pela ETAR.

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                        Desafio “Planeta ou Plástico?” – National Geographic 2019

                                            Escola Básica do Alto dos Moinhos, Terrugem, Sintra
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