A aluna Matilde Lino (6ºE) escreveu um poema sobre o 25 de abril que enviou para  o Presidente da República.

A Matilde foi convidada a entregar o poema pessoalmente a Marcelo Rebelo de Sousa o que aconteceu no dia 25 de abril no Palácio de Belém.

Deixamos aqui o poema e as imagens deste dia que certamente a Matilde não vai esquecer.

Hoje a liberdade faz anos,
A partir daí passaram a existir direitos humanos.
De dia para dia,
Tem-se cada vez mais apoiado a democracia.

Um dia de cada vez,
Foi-se chegando ao que hoje vês.
Cada pessoa pode ter a sua opinião,
Falar mal do governo já não implica uma sanção.

A confissão, a tortura ou até a morte,
Eram feitas onde quer que fosse, de sul a norte.
Vivemos em Portugal, tu e eu,
Mas isto não nos afetou, só a nós, foi a todo o continente Europeu.

Hoje em frente à mesa estamos a almoçar,
Para tudo isto relembrar.
Apoiar os nossos capitães de Abril,
Que para nos salvar eram mais de mil.

Deixaram a sua família,
Para nos salvarem nesse dia.
Alguns morreram e deixaram saudade,
Outros não aguentaram devido à sua idade.

Todos eles vão ser lembrados,
Mesmo tendo cometido vários pecados.
Estiveram na linha da frente para Portugal salvar,
Do homem a que todos chamaram António Salazar.

Um homem,
Que cometeu muita maldade,
Destruindo a humanidade.

Chegou então o chefia dos capitães, Salgueiro Maia,
Que acabou com toda essa laia.
Foi considerado um dos grandes heróis,
E colocou Marcelo Caetano
Em maus lençóis.

Chamamos também a este dia Revolução dos Cravos,
Porque colocaram essa flor nas espingardas dos militares bravos.
Que louvaram essa ação,
Agora transformada numa tradição.

Para melhorar, pediram ao senhor da rádio,
Para música colocar.
“Grândola Vila Morena” e “Tanto Mar”,
Cantadas por Zeca Afonso e Chico Buarque que são cantores de louvar.

Agora para terminar,
Vou agradecer,
Às pessoas que se juntaram para fazer aquele governo desaparecer.
Pois se não fosse assim,
Ainda hoje não se gritaria “Finalmente a ditadura chegou ao fim”.

Matilde Clemente Lino